- Parte I: Urubici
Que tal mudar completamente de clima rodando apenas 170Km? Assim foi nossa viagem de Florianópolis a Urubici (via BR-282). A viagem foi tranqüila. Além da estrada satisfatória, o trânsito ajudou muito – poucos carros, quase nenhum caminhão – mas sabemos que isto foi sorte. Por isto, tivemos tempo para desfrutar a paisagem – basicamente araucárias – o pinheiro brasileiro.
Chegando a Urubici ficamos numa das diversas pousadas familiares, a Arcanjo Rafael. O clima era muito gelado, mas não se preocupe, pois a água era quente e o colchão mais ainda. A pousadinha bem aconchegante tem sistema de aquecimento de água e colchões elétricos, além de cobertores típicos da Serra Catarinense. Tudo isso para se preparar para as épocas de geada, e com sorte (ou azar, depende do ponto de vista) a neve.
Quando neva e a cidade fica cheia de turistas, as pousadas e hotéis lotam, e os viajantes acabam se hospedando na casa dos moradores locais.
A questão de superlotação das pousadas pode ser um dos indicativos dos péssimos incentivos ao turismo rural e de inverno que a Serra tem enfrentado. Além disso, quase não há bons restaurantes, e os poucos que encontramos vivem lotados, pois não há outra opção de laser à noite.
Ao chegar na cidadezinha de Urubici não sabíamos nos localizar, mesmo que a cidade seja apenas 2 ruas “compridas” e suas transversais. Vimos que ali se encontrava um povo simples, acolhedor e sofrido com o descaso de incentivos para o turismo.
Depois de um belo sono, tomamos um café da manhã típico das casas serranas oferecido pela pousada, e resolvemos subir o famoso Morro da Igreja, o segundo ponto mais alto do Estado de Santa Catarina (e o quarto do Sul do Brasil) com 1.822m de altitude. Ali podemos encontrar os dois principais cartões postais da cidade: a Pedra Furada no topo do morro, próximo ao posto do CINDACTA; e a Cascata Véu de Noiva.
Como é de costume, diferente daquilo que as agências de turismo informam, o topo do morro estava completamente coberto de nuvens. Era impossível enxergar mais de 10 metros à frente – o que dizer então da vista da Pedra Furada? Pois é, não vimos nada além de fumaça, pessoas e carros (encontramos um bom movimento de turistas alegres, apesar de não se ver nada). De fato, sentimos um frio danado (8ºC + Muito Vento). Então, vale a dica de levar um bom agasalho neste passeio.
Dali fomos para a Cascata Véu de Noiva, que está antes de chegarmos ao topo do Morro da Igreja. A Cascata fica num terreno particular, por isto é cobrado um valor simbólico de R$2 por pessoa para visitação. Apesar de se ter uma bela vista, um local aconchegante, o restaurante que sedia a Cascata deixa a desejar na qualidade e quantidade de opções de pratos. Sendo um restaurante encravado num dos pontos mais altos do Estado e com ar “tropeiro”, poderia ser melhor aproveitado.
Seguimos para Bom Jardim da Serra. Mas esta parte contaremos na próxima semana.
Texto e Fotos por: Alessandra K.P. e Gabriel P.K.
Pelas fotos parece ser um lugar muito bonito! Bacana a iniciativa do blog!
ResponderExcluirNossa... acabei ficando com vontade de conhecer o lugar... :)
ResponderExcluirO cheirinho de cidade diferente é realmente muito agradável. Adoro viajar também! Floripa, ainda vou por lá :D
ResponderExcluirObrigada por participar do Distracting Pages. Sinta-se a vontade para voltar sempre que quiser!
Super beijo.
http://distractingpages.blogspot.com/