domingo, 24 de junho de 2012

Filme Sombras da noite de Tim Burton


     Já não é deste filme (o sétimo da parceria Burton&Depp) que Tim Burton está parodiando ele mesmo. A adaptação vampiresca é inspirado no seriado  homônimo (original inglês: Dark Shadows) que passou no canal ABC, nos E.U.A, nos anos sessenta. Entre algumas tiradas engraçadinhas, o melhor do filme foi mesmo a trilha sonora e o visual anos 70, visto que a ambientação do filme se passa em 1972. 
     O enredo é fraco, principalmente da metade do filme pra frente, sem surpresas agradáveis. Johnny Depp faz, claro, o personagem principal: o vampiro que ficou quase dois séculos dentro de um caixão porque se apaixonou por uma doce moça enquanto uma bruxa queria ficar com o rapaz. 


     Depp não convence nem como vilão e muito menos como mocinho. O vilão é engraçado e totalmente despreparado, enquanto o mocinho é feio, baforento, de cabelo ensebado e maquiagem preta nos olhos. Pra um vampiro Johnny está nada conservado, o ator que fará 50 no ano que vem está longe daquele Don Juan de 1995: ele carrega as marcas de expressão de um homem maduro e seu ar é carregado, cansativo. Talvez por tudo estar tão chato e cansativo para Depp (inclusive a parceria com Tim e Helena) que ele tenta fazer de Barnabas um vampiro descolado, tentando colocar um pouco de graça no ar sombrio típico de Burton. 
     Sobre o diretor, desta vez nem ele mesmo conseguiu imitá-lo direito, a sambra não ficou tão escura e o noite não tão macabra. O foco do filme ficou na crítica à família totalmente descompassada e no amor romântico e besta que vence qualquer obstáculo, mesmo que pra isso todos tenham que virar chupadores de sangue. Digam o que quiserem mas se fosse pra ser assim penso que a saga crepúsculo fica melhor, pois a mocinha é mais ativa e os mocinhos (visto que a lady divide seu coração entre o vampiro e o lobo, bem mais moderno não acham?) jovens e ativos, enquanto Johnny Deep faz as cenas se segurando uma bengala! Eva Green, que faz a vilã, rouba a cena nas vezes em que aparece com Depp e acaba salvando alguns takes.
A única realmente confiante e deslumbrante foi a veterana Michelle Pfeiffer. Já a esposa de Burton, Helena Bonham Carter, estava engraçadinha mas já cansei da sua cara patética fazendo bolhas com a fumaça do cigarro.
     Mas, como o cinema tem disso, digo para verem o filme porque o ingresso vale lá umas 3 cenas engraçadas, e a vida segue... muitos diretores estão milionários tomando drinks em suas mansões por culpa de 2 ou 3 cenas.


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