Até então, tudo estava indo muito bem, mas calma (muita calma) as aparências podem enganar. O atendimento é um pouco demorado, sentei-me na rua, porém desisti de esperar alguém aparecer para atender. Assim me dirigi ao balcão mas também demoraram para me "notar" ali. Enfim, perguntaram o que eu queria. Sem menu aparente (em quadros de giz ou de alguma forma visível) pedi pelo cardápio que eu também não encontrava ali no balcão. O atendente pegou-o de dentro do balcão e ficou esperando eu escolher. Sendo a primeira vez que eu ia ali, fiquei um pouco constrangida, pois queria ver direito o que a casa tinha para oferecer, mas o atendente ali... impaciente. Pedi logo um "Capuccino Brasileiro" que custa R$ 4,50 (e lhe digo que escolhi um dos mais em conta) e na falta de uma torta ao meu agrado acabei pedindo um salgado e recorri ao empanado comum, um de camarão para mim e outro de calabresa para o Gabriel.
Fiquei decepcionada (afinal estamos no litoral, onde frutos do mar deveriam ser abundantes) mas coloquei minhas esperanças no cappuccino. Este demorou a aparecer, já tínhamos acabado de comer o salgado quando finalmente veio o café.
Para finalizar, o "Cappuccino Brasileiro" foi mesmo uma boa escolha, estava ótimo. Pena que eu já estava decepcionada com o resto (demora, preço absurdo, empanado de camarão quase sem camarão). De forma que acabei pensando que, fazendo um balanço geral, não vale a pena voltar lá. Com tantos cafés espalhados pelo centro para algum me conquistar tem que ser no mínimo um que não me deixe irritada. Afinal, já tem muita irritação que vem de graça nessa nossa vida urbana que pagar (caro) pra ficar irritada ou insatisfeita não está nos meus planos. Quando o cliente se sente enganado em algo (ou deixado de lado, como na demora para atender ou quando a gente parece invisível ali parada no balcão) acaba achando tudo ruim. Saí de lá achando tudo caro demais pro que eu recebi. O Café Trajano tinha tudo para ser legal, aproveitar o clima da cidade, as construções antigas, o movimento, mas acabou deixando a desejar no clima interno. É como aquele romance que não deu certo, tinha tudo pra ter um super clima, mas não nos sentimos especial e acabamos dando o fora.
Fotos: Alessandra K. Pereira e Gabriel P. Knoll
Texto: Alessandra Knoll Pereira
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