quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Godard! No Museu Victor Meirelles.


Em meio a tanto teatro que há nesta cidade por conta do evento Isnard Azevedo, temos ainda tempo para o cinema. Pois o Museu Victor Meirelles promove um encontro dos que gostam, já ouviram falar, um tem curiosidade de saber (e nunca tinham ouvido falar e sequer sabem se gostam ou não) do cineastra franco-suíço Jean-Luc Godard. 
Saindo um pouco da cena do Floripa Teatro, a nossa capital anda cheia de atrações, entre elas o festival Primavera de museus.  Por conta disso, haverá no museu Victor Meirelles uma mostra de filmes e documentários do francês Jean-Luc Godard, amanhã dia 28 de setembro. Vou lá e já volto para contar para vocês.

exibições:
Le Mépris 1963 / 106 min
Le dinosaure et le bébé 1967 / 60 min
Histoire(s) du Cinèma 1988 a 1998 / 266 min
 La Origine du Siècle XXI 2000 / 16 min
Je Vous Salue Sarajevo 1993 / 2 min
JLC/JLC Autoportrait de Décembre  1995 / 50 min



      As sessões foram das 13 as 23 horas e tiveram como incentivadora a professora Cléia Mello (Cinema-UFSC) que fez uma apresentação do projeto às seis e meia da tarde.Irei contar um pouco de como foi ir ao museu assistir a Jean-Luc Godard.  
       As sessões foram ótimas, com bastante gente e um debate interessante. O que chamou atenção foi que filmes daquela época (bem como a vida daquela época) eram mais lentos. Tão lentos que alguns que estavam ali deitados dormiram, outros só não dormiram porque não conseguiam dormir em pé ou sentados. Eu que gosto de filme longo e lento não me importei. Sempre ouço as pessoas a dize que tal filme foi tão chato que dormiu. Bem, uma cho que só dormi vendo filme umas duas vezes, e eram filmes de ação e não lentos assim. Mas escolhidos por mentes alheias, e me entediavam. Já filmes parados não me deixam com tédio porque, se bem feitos, me deixam na expectativa do que pode acontecer.
      Mas de  qualquer forma, mais que entretenimento, as sessões de ontem foram uma aula de como fazer cinema. Principalmente o filme "o dinossauro e o bebe". Neste documentário Jean entrevista o cineastra Austríaco Fritz Lang, o qual Godad chama de dinossauro. Umas das discussões que cerca a conversa entre o velho experiente e o novo cineastra, (Godard, que seria o bebe) é a respeito do experimentalismo. Para Lang o cineastra já deve ir ao set sabendo exatamente o que vai fazer, já para Jean-Luc ele tem que "ver" a cena para saber o que vai fazer. No que o velho ensina: "não não, isso é desnecessário, porque é que você tem que ver?". O lance é abstraír, amigo.

      Fica a dúvida com vocês. E até breve. Nos vemos por aí nas salas de cinema.

Texto e fotos: Alessandra Knoll

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