domingo, 16 de setembro de 2012

Parada da diversidade


        O mundo é dos gays!

      O mundo já foi dos homens, depois foi o tempo das mulheres saírem às ruas pedindo por liberdade, pílulas e sexo seguro sem compromisso. Atualmente o mundo é dos gays, duvida? então confira aí ...
       O mundo que já foi dominado pelo sexo masculino, guerras e escravidão, depois do feminismo se tornou um mundo mais cor-de-rosa! Agora que as mulheres podem votar e participar da política (embora nem tanto quanto gostaríamos, mas até presidentA nós já temos) já tomaram seu lugar no mercado de trabalho, já tornaram os homens objeto e são livres para tudo, inclusive para trabalhar, estudar, ter filhos, se desdobrarem em todas essas tarefas e ainda ficarem lindas, formosas e cheirosas. As mulheres também já se arrependeram um pouco, viram-se novamente escravas (atualmente não só do lar, mas do mercado também) e agora em vez de queimar roupa íntima em praça pública a mulher quer queimar a carteira de trabalho e reclamar que ter filhos e trabalhar já é demais. Assim nem mulher-maravilha consegue!

        Mas quem está com super-poderes agora são os homossexuais, que em diversos países já podem casar, dividir herança, plano de saúde e até cobrar pensão. Mas bicha que é bicha não se sujeita ao bafão de cobrar pensão, bicha orgulhosa não desce do salto: vai à luta e trabalha, “bota a perna pra andar!” O gays, tanto homens quanto mulheres, em busca de aprovação e de afirmação (não apenas social, mas da própria família) estão cada dia se superando mais no mercado de trabalho. Pesquisas revelam que o público homossexual é o que mais gasta, pois diferente do casal convencional (vamos lembrar: homem e mulher) os dois trabalham (ao invés da mulher ficar em casa ou cuidando do filho ou de madame silicone) e assim a renda do casal gay geralmente é maior que do casal tradicional. 

        Aliado a isso, raramente os gays tem filhos e assim sobra mais dinheiro ainda para gastarem com eles próprios, o que resulta em viagens e gastos com bons hotéis e bons restaurantes. Já o casal tradicional, leva o filho (ou filhos) prum passeio próximo de casa e come a quilo. Não é a toa que os empresários estão A-MAN-DO os homossexuais! Afinal, assim como já ocorreu com os negros que tinham dinheiro e eram vistos como “de alma branca”, muitos gays (cada dia mais ricos e poderosos) são adorados até por padre. Money é o idioma mundial, tem todas as religiões e acaba com todos os preconceitos.
        O mundo não é mais da mulher, não é mais cor-de-rosa, agora ele é colorido e quem toma espaço nas reividincações são os gays. Dentro dos próprios grupos de gays, há características do feminismo, e eles são muito mais engajados que as mulheres heterossexuais e por isso estão tomando a atenção da mídia dos que concordam com tudo isso e (principalmente) dos que temem. Temer o quê? Sei lá. Os machões que antes temiam que as mulheres iam mandar neles (tanto no trabalho quanto em casa) agora temem que seus bem criados filhos saiam por aí com seus amigos felizes e coloridos.

        Mas a onda agora é ser alternativo, seja o visual, as idéias ou a sexualidade. Então não adianta ficar contra a maré, oi como dizem as “monas”: ta no inferno, abrace o diabo! Assim, nada me restou no domingo passado que não fosse sair à Beira Mar a observar a festa destes novos donos do mundo, e mostrar que eu posso ser Simpatizante (da Sigla GLBTS - Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Simpatizantes).


     Festa linda, com muito respeito e nem empurrão levei. Diversos carros de trio elétrico tocando as cantoras idolatradas pela turma que queria ser diva. Além da música alta e da agitação (que as vezes fazia eu achar que estava numa balada) havia grupos com cartazes protestando e jovens agitando uma enorme bandeira, com as cores símbolo da diversidade. 


Todo mundo muito alegre, se divertindo bastante de forma até inocente. Se vi alguns beijos, nada desaforado ou que fosse “pra causar”. Dizem sempre os tios caretas e machistas que os gays se beijam em público pra irritar, não sei de onde tiraram que amar irrita. O certo é que depende da educação de cada um, e da idade talvez, eu mesma não tinha pudor em beijar em público, hoje casada penso que não é legal estar entre amigos e ficar me agarrando, pois tudo tem sua hora. Mas na parada a hora era AGORA! Podia tudo, e tudo que esse povo queria era pouco: um pouco de amor, por favor! 


Jovens se preparando para a parada da diversidade

A vanda das bandeirinhas era entre 15 e 29 Reais.

 


 

Um dos diversos trios que passaram durante a parada.






Texto: Alessandra Knoll Pereira
Fotos: Pereira Knoll fotografias

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